24/03/2011

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Acabo de acordar de outro encontro com você...
Fico me perguntando o que você fez, como pode ter me enfeitiçado desta forma??? Como posso eu estar tão vidrada em uma pessoa que eu desconheço... Chego a sentir certo medo, certa dúvida. Não seria isso apenas uma carência excessiva de minha parte??? Porém essa dúvida dissipa-se no momento que volto a falar com você. Não é carência, é encantamento, é ver que existe no mundo uma pessoa que tem a capacidade de entender-me sem que eu faça qualquer esforço para isso. É uma questão de afinidade, de quereres, poderia pensar que a vida é uma desgraça, faz com que eu encontre uma pessoa maravilhosa há quilômetros de distância, mas a distância é algo que pode ser facilmente concertado...
Já admirava o seu trabalho, era uma fã calada, sempre ficava admirando suas obras em silêncio, vez ou outra passava seus trabalhos adiante para que outras pessoas tivesses o privilégio de verem imagens tão belas, tão expressivas... Honestamente, sempre te considerei carinhoso e de uma simpatia impar, mas jamais me imaginei enamorada por você. Até mesmo porque eu não buscava um romance, apenas contava com um amigo querido que fornecia dicas valiosas sobre um novo hobby... Não foi difícil encartar-me por você, sua timidez inicial e ainda aparente em alguns momentos é algo que mostra sua alma sensível e doce...
Estou adorando o que temos hoje, e curto muito mais quando leio você escrevendo que quer mais do que temos, que isto é bom, mas que quer deixar ainda melhor... Sinto que logo vamos nos ver, olhar no olho e a partir daquele momento saberemos o que fazer  um com o outro...
Não estamos escrevendo um manual de sobrevivência, estamos dia a dia nos munindo de mais desejo de mais certezas... Estamos de uma forma vanguardista, nos conhecendo, sabendo mais sobre o ser desejado, vendo o quanto humanos somos... Virtualmente nos completamos.
Não nos encontramos em sites de encontros, mas nos encontramos em um mundo virtual maluco e estamos seguindo, por enquanto por este mundo, só imaginando o dia do nosso encontro real. O Teu EU virtual me afeta muito, e aumenta cada dia o desejo de encontrar o teu EU real... A forma que você demonstra seu desejo por mim faz com que eu acredite que vamos nos encontrar e daí para a frente só o tempo poderá dizer o que vai rolar...
Neste momento da minha vida posso dizer seguramente que te desejo muito!

01/03/2011

Neste momento meu blog não poderia ter nome mais adequado ao que eu quero focar.
Soube da notícia com dias de atraso, fui lendo e me interando do ocorrido, cada texto, cada vídeo, cada alusão me deixava entre perplexa, chocada e revoltada. Não estou com esses sentimentos como exclusivos ao motorista do Golf Preto. Aplica-se também aos comentários que tenho lido.
Farei das palavras de Renata Falzoni, as minhas:
"Mandei um twitter sobre essa barbárie e o comentário de um seguidor diz o seguinte:
“belo dia estava atrasado para um compromisso, ciclistas fecharam a rua num protesto. vc acha certo isso? é barbaro porém explicavel”

Sim de fato para tudo há uma explicação. Bin Laden e Hitler são "explicáveis" e nesse caso a "explicação" é simples:

No Brasil impera a lei do mais forte. Alguns cidadãos motoristas comportam-se como donos e justiceiros das ruas. Pedestres e ciclistas estão condenados a morte por “atrapalharem” o trânsito e não raro levam a culpa pelo seu infortúneo, como fica claro na declaração do Delegado Gilberto de Almeida que já se esmera em colocar a culpa pelo ocorrido nos ciclistas.

Se a rua estivesse bloqueada por 150 carros congestionados, jamais passaria pela cabeça desse motorista ultrapassar por cima de seus iguais, pois carros congestionando o trânsito e imobilizando as ruas é o “normal”.

Quando 150 ciclistas movem-se por uma rua que não estava bloqueada e sim usada por ciclistas naquele trecho e momento, é “explicável” ele se irritar e deliberadamente passar por cima dos ciclistas com o intuito único de assassiná-las?

Explicável sim, mas não justificável. É crime, é tentativa de assassinato. As cenas são claras. O motorista mesmo tendo três ciclistas em cima do capô de seu carro continua a atropelar as pessoas e foge. Isso não é um acidente, é tentativa de assassinato onde a arma usada é o próprio carro.

Agressividades como essa nós pedestres e ciclistas testemunhamos todos os dias nas ruas desse país, e denunciar essa situação era justamente o motivo de naquele momento haver tantos ciclistas nas ruas. Era o dia da Massa Crítica, o dia em que ciclistas de todo o mundo saem às ruas para chamar atenção a essa inversão de valores que vivemos."

Essa matéria foi muito bem escrita e assemelha-se ao que sinto neste momento.

Ainda não compreendo o que levou esse ser de 47 anos a tomar essa atitude de extermínio. Ele tentou Executar 150 ciclistas, que segundo ele, tentaram agredí-lo (o que não consiste com os relatos de testemunhas). Eu não estava no local, não presenciei, mas faremos da forma que a justiça deveria fazer.

Deixando de lado a empatia, vamos ver os fatos:
Um passeio que ocorre toda última sexta-feira do mês, 150 ciclistas na via urbana. Atrás destes veículos querendo seguir o seu rumo. Trânsito lento. Buzinas e gritos pedindo passagem. Sem espaço para um carro passar. Um veículo toca nas rodas dos últimos ciclistas exigindo passagem. Não obteve sucesso. O mesmo então resolve tomar espaço, deixando os ciclistas irem um pouco mais para a frente. Acelera seu veículo e vai de encontro aos ciclistas. Três pessoas sobre seu capô. Parou? Não! Acelera novamente e segue fazendo um strike humano. Mais adiante deixa o seu veículo. Retornou para prestar socorro? Não, apenas livrou-se do Flagrante.
Um garoto de 15 anos estava no carona. Crianças estavam na via pública andando de bicicleta ao lado de seus pais. Pedestres estavam acompanhando o movimento que busca integração e respeito ao ciclista no trânsito de Porto Alegre. Traumas foram criados naquele momento. O responsável? Um bancário de 47 anos. Pessoa instruída, com posses, sem um mínimo de noção do que é cidadania.

Espero e torço para não sofrer mais uma decepção, espero que não caia no esquecimento das pessoas, assim como o caso de tantos "Pedrinhos" que ocorrem no nosso país, espero que apenas o socorro tenha sido omisso e não o sistema judiciário!